Bem Vindo/a!


Bem Vindo/a!
Tenho três coisinhas para lhe dizer:
Primeiro: Este Blog pode ter conteudo impróprio para menores de 16 anos, por isso, se não tens esta idade avança por tua própria conta e risco, eu não me responsabilizo!
Ah, e também queria pedir um favorzinho:
*Comente os textos, por favor, quer seja com criticas positivas quer seja com criticas negativas.*
E por fim, uma informaçaõ (semi) publicitária:
Mais informações? Aqui!
;*

12/04/10

Capitulo 4

Novamente, ainda não é 3ª, mas tenho medo de não conseguir publicar amanhã, então aqui vai:


Por meros segundos, aqueles diminutos segundinhos da minha vida, tentei ignorar o toque intermitente do Telemóvel.
No entanto, o relógio era claro: Sete da tarde, não podia fugir mais.
Levantei-me das velhas cadeiras de madeira do café, com uma lágrima no canto do olho, esforçando-me por não chorar, por não guardar como última memória do “meu grupo” uma imagem enevoada e confusa.
Mas não adiantava suprimir, não adiantava mesmo nada, pois Jennifer já se desfizera num prato interminável.
-Não… N… Não vás! –pediu-me, entre soluços.
Apetecia-me berrar. “Não Vás”!?! Isso era exactamente o que eu queria fazer, queria sentar o rabo naquelas cadeiras e não me mexer até começarem as minhas aborrecidas (as normais) aulas de Décimo Primeiro ano, em Ciências.
Apesar daquilo que me corria na mente, não pude responder-lhe mais do que um simples «Também não queria, mas tem de ser…». Tinha de evitar magoar a minha melhor amiga no dia da nossa despedida.
Matt aproximou-se de mim, limpou-me a lágrima solitária que já me corria pela bochecha e abraçou-me.
-Não ligues –murmurou-me, risonho –Em breve estás de volta.
Fiz um esforço por lhe sorrir também, embora apenas me tenha saído uma amostra nojenta daquilo que costumava ser o meu antigo sorriso.
Aquela era a cara que sempre lembraria associada ao desporto, à boa-disposição, à alegria é ao positivismo, embora fosse também a cara do meu ex-namorado, não via nada disso nela. Aliás, as personalidades eram tão diferentes que quase não me lembrava de que eram gémeos.
Teresa veio em seguida, com um sorriso triste nos lábios.
-Não te esqueças de nós –disse-me –Mas não te impeça de arranjar mais alguém. Tenho a certeza de que serás feliz ali, e quando voltares, tens-nos aqui, assim como nos deixas-te…
-Só que mais parvos e mais bêbedos –riu-se Griff ainda sentado na mesa.
Teresa tremeu de raiva.
-Não, assim como nos deixas-te
Sorri-lhe também, embora as lágrimas já escorressem abundantemente pela minha cara, e ainda me consegui arrancar um riso débil para Griff.
Ele levantou-se também e veio ter comigo.
-Então miúda, não fiques assim. Sabes que vamos estar sempre aqui, e podes sempre mandar uma SMS, a não ser que queiras falar com a Meg, sabes que essa nunca tem bateria… Mas pronto, estamos quase (quase) todos a um SMS de distância.
Meg sorriu-me.
-Já disse que é um problema na bateria! –exclamou, e depois virou-se para mim –Mas não interessa, arranjo-a rápido, só para ti!
O seu sorriso de cabeça-de-vento fez-me desatar a chorar, sentando-me na minha cadeira.
Ela aproximou-se de mim, colocando-me a mão no ombro.
-Não, desta vez é a sério, eu arranjo-a mesmo! –insistiu, com voz consternada.
-Não é a mesma coisa –respondi-lhe –Com nenhum de vocês! Eu quero estar aqui quando se puserem a discutir, quero estar aqui quando forem à praia e a Teresa se vá embora chateada, quero estar aqui nos jantares de aniversário que fizerem na Pizzaria e quero estar aqui quando o Griff se puser a deitar coca-cola pelo nariz! Eu vou ter saudades de tudo, t-u-d-o!
-Eu sei que sim –murmurou ela, tristemente –Também quero que cá estejas, mas não podemos fazer nada. E agora está na altura de levantares a cabeça para o que vem a seguir, porque embora não possas estar cá, sabes que nós cá estamos, e que poderás contar connosco.
-E –acrescentou Griff –Se o problema for veres-me a deitar bebidas pelo nariz, eu posso filmar!
-Eu acho que ela dispensa –Afirmou Teresa, torcendo o nariz.
-Não. –respondi –Eu quero estar cá sempre, custe o que custar (mas pelo menos nomeia o vídeo, para eu não ter de abrir.)
Levantei-me, forçosamente e despedi-me de todos, um por um.
Jennifer ficou para o fim, correndo até mim e dando-me um demorado abraço.
-Eu não te esqueço, prometo. –sussurrou.
-Eu sei –respondi –Nem eu a ti.


Estava à porta de casa, com as minhas malas indispensáveis, quando um grande carro preto chegou.
Não seria necessário referir que era enorme, com a maior bagageira que já vira e um formato antiquado. Não apresentava marca, mas sim uma pequena assinatura no lado direito do capo, que não consegui ler.
Um condutor de aspecto simpático saiu de lá de dentro, completamente diferente daquilo que seria de imaginar para alguém que conduzisse aquele tipo de carro.
Era baixo e semi-calvo, com apenas alguns cabelos castanhos a coroar-lhe a cabeça redonda. Tinha um ar alegre e umas bochechas rosadas.
Cumprimentou-me a mim e à minha mãe. Abriu a bagageira e ajudou-nos a guardar seguramente as malas.
Depois disso abriu-me a porta do banco de trás.
Dei um abraço demorado à minha mãe e um beijo sentido ao meu pai, peguei no meu cãozinho e respirei fundo –assim que ali entrasse estava a entrar para a minha nova vida, e não podia voltar atrás.
Mergulhei, assim, no grande carro, sentando-me no primeiro dos três bancos largos que se sucediam paralelamente.
O motorista entrou também, colocou o cinto e preparou-se para começar a grande viagem.
Vi as casas sucederem-se lentamente, e ainda consegui ver os meus amigos no café, a consolarem-se e a falarem tristemente.
Acenei-lhes, mas eles não repararam em mim, devido ao carro demasiado grande para poder ser-me associado e aos vidros escuros das janelas.
À saída da cidade, senti o carro acelerar, e apenas consegui ter um vislumbre da cidade que deixara –Assim como à minha antiga vida.



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Bjs,
Tina!

2 comentários:

  1. Lindo querida xD

    Ai, ai... sempre podes agendar para a meia noite das terças-feiras xD assim sai sempre a horas :P hihi

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