Bem Vindo/a!


Bem Vindo/a!
Tenho três coisinhas para lhe dizer:
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;*

20/04/10

Capítulo 5

Pois, não foi á meia-noite nem perto, mas está aqui (e é Terça-Feira...)
Ah, e peço desculpa por não poder seguir o teu conselho, Sofia, porque isso implicava ter de ter sempre tudo pronto á mesma hora e poder estar cá sempre á mesma hora, e não consigo fazer isso xD
Aqui vai :P

Ao longe, distingui-a já o vulto de uma grande casa.
Há já duas horas que havíamos deixado a estrada principal para seguir por uma estrada secundária e mal alcatroada.
Dos meus lados, apenas conseguia distinguir erva alta, à luz fosca do amanhecer.
Devíamos estar no carro á horas.
Olhei para o relógio, presente no monitor do auto-rádio.
Cinco e vinte da manhã. Já andávamos à nove horas.
De qualquer forma, duvido que conseguisse ver mais do que erva se estivéssemos em pleno dia.
Não falara a viagem toda, absorta nos meus pensamentos infelizes ou meio a dormir, mas também duvidava do facto de receber uma resposta se falasse, pois a única coisa que me indicava que o condutor estava vivo era o facto estarmos a fazer as curvas. Não emitia qualquer som, assim como Futsu, que estivera anormalmente calado durante toda a viagem.
O homem não reclamara quando arrastara o cão para o meu lado, por isso achei que também não o faria se o tirasse da pequena bolsa onde se encontrava. Também não se importara –Ou talvez se tivesse importado, mas não disse nada, por isso…
Ao meu lado, Futsu remexeu-se, sentindo o carro abrandar.
Agora estávamos verdadeiramente perto da casa, que só agora revelava o seu verdadeiro tamanho.
O carro descreveu mais uma curva, andou mais meia dúzia de metros e parou, à frente do possante edifico.
O homem abriu a porta do carro, contornou-o e abriu a minha.
O ar frio bateu-me na cara, suavemente, espantando-me. Pensara que estava calor, mas afinal parecia que isso se devia inteiramente ao aquecedor, que estava no máximo.
Olhei, de alto a baixo, a majestosa casa.
Parecia ter três andares e era de uma pedra branca, granítica, com aspecto antigo.
No último andar, podiam contar-se dez janelas, apenas daquele lado da casa.
Era rectângula, sem mais adornos que aqueles que se encontravam no jardim mal iluminado, e a única coisa que a impedia de ser geométrica era a entrada, que formava um pequeno quadrado do lado direito e a chaminé fumegante, no telhado de um tom verde-escuro.
Ouvi um ligeiro arfar e virei instintivamente a cara, para ver o homem retirar duas malas pesadas de dentro do carro –e ia ficar-me mesmo muito mal limitar-me a olhar, pelo que corri para pegar na mala que restava dentro do carro, assim como a bolsa vazia de Futsu, que corria atrás de mim alegremente, farejando o chão de gravilha.
O homem –e já me estava a cansar de lhe chamar isto –pousou as malas que transportava no chão e correu para abrir a porta, que Futsu passou sem cerimonias, deixando-me sozinha à espera que me fizessem sinal.
O sinal não demorou, pois vi o braço anafado do homem indicar-me que entra-se, deixando-me mais admirada ainda quando observei a divisão onde me encontrava.
As paredes eram lisas e pintadas de um caloroso tom azul-mar, que condizia com as três poltronas brancas que se encontravam do meu lado direito e a mesa de madeira clara do lado esquerdo –pelo ar de tudo aquilo, deduzi que fosse como uma recepção de um hotel, e que durante o dia alguém estaria sentado na cadeira que se encontrava por detrás da mesa.
O motorista ia posar as malas de novo, no entanto eu antecipei-me, colocando a alça da bolsa no pulso e usando a mão, agora livre, para pegar no manipulo e puxar o mesmo para baixo. O homem baixinho sorriu-me, murmurando um «obrigado» quando lhe fiz sinal para passar.
A sala seguinte era semelhante à primeira, com paredes no mesmo tom e algumas poltronas iguais.
O chão era de mármore branco, e suportava algumas mesas de madeira azul clara, com algumas revistas em cima.
Um súbito embaraço atingiu-me quando percebi não estar sozinha na sala.
Estavam lá mais doze pessoas, algumas sentadas a ler nas poltronas, outras a ler no chão e ainda umas quantas encostadas à parede. Poucas conversavam.
Pronto, estava na hora das minhas primeiras impressões.
Cinco eram raparigas, e comecei por observá-las a elas.
A primeira ao alcance da minha vista envergava um vestido branco, ao estilo Vintage que dizia «Luís Vuiton” a um canto e uns sapatos caros do género sabrina.
O cabelo loiro estava esticado até chegar ligeiramente abaixo do peito –que prefiro não comentar – e os olhos mostravam terem sido colorados com uma ligeira sombra também ela branca. No braço direito tinha uma data de pulseiras que, quase que podia apostar, eram de prata.
Boa, a primeira era uma menina riquinha, daquelas snobes com as quais nunca me dei bem.
Passei os olhos em volta localizei a próxima rapariga.
Tinha o cabelo preto curto, com algumas madeixas roxas e uma sombra tão escura como o cabelo, um lápis fortemente marcado e uns lábios com duas variantes de cores, entre preto e rosa.
Não sei bem se estava a gozar ou se pensava realmente que em breve as meias de rede que envolviam quase toda a perna, as saias de pregas rosa e pretas, as camisolas com caveiras roxas e os piercings prateados em breve estariam na moda.
Também não me dava bem com pessoas daquele género, menos uma.
A seguinte, que extraordinariamente parecia falar com ela, tinha cabelos loiros em cacho até aos ombros, um vestidinho verde e um gancho com uma grande flor no cabelo.
A cara era redonda e corada.
Primeiro facto: odiava aquele tipo de parolas. Segundo facto: Só podia ser ainda mais parvinha se estava a falar com a outra armada em sei-lá-o-quê.
A seguinte, sentada no chão a ler a Vogue tinha um aspecto comum, com cabelos castanhos a cair sobre a revista, uns calções simples e um top azul escuro.
Tinha, enfiadas nos pés, umas sandálias.
Em contraste com as outras, pareceria normal, embora não fosse normal ver alguém de sandálias e calções naquilo que deveria ser uma cerimónia importante.
E a última era… Bem, podemos dizer, em linguagem de adolescente estúpido, era uma boazona.
Tinha curvas acentuadas, a pela bronzeada exactamente ao nível certo e os cabelos loiros compridos.
Parecia uma daquelas surfistas profissionais que se vêem em grandes eventos de Surf, onde não se podem levar rapazes.
Agora, entre os rapazes…
A maioria não chamava a atenção, eram sete, mas apenas reparei em três.
O primeiro tinha cabelo loiro, uns abdominais de meter medo em relevo por debaixo do top e cara de morrer, o verdadeiro rapaz perfeito, também bronzeado, e que o mais provável seria atirar-se à Surfista.
Parecia indiferente ao facto de todas as raparigas já terem olhado para ele, e algumas continuassem a fazê-lo. A menina rica parecia ter os olhos colados ao seu rabo.
O segundo, que falava com ele em voz baixa, tinha cabelo preto curto, uma musculação aceitável e um ar simpático –OK, era me-e-e-esmo giro.
E o terceiro, sentado a um canto, não me chamou a atenção por ser deslumbrante, mas por ter ar de nerd.
Era magro e vestia uma camisinha, correctamente enfiada para dentro das calças que lhe chegavam ao umbigo.
Quase que tinha pena dele por ter de usar aqueles óculos redondos.
O resto dos rapazes na sala não era nada mais do que aquilo que resumo em poucas palavras: Um de origem asiática, nem era muito feio, dois rapazes normais (ou seja, daqueles que se olha para eles e se mete conversa apenas para conversar) e um mesmo feioso.
Quando entrei, todos os olhares se desviaram na minha direcção, parecendo avaliar-me assim como eu fizera com eles.
O rapaz giro olhou-me, e murmurou qualquer coisa ao outro que se riu e me olhou também –Não me parecia que estivessem a dizer algo muito mau.
O nerd sorriu-me, sorriso que retribuí e um dos outros rapazes assobiou. Não consegui perceber de que lado tinha vindo o barulho.
Não ouve mais nenhuma reacção, por isso limitei-me a pousar as malas junto a todas as outras, encostando-as a uma parede.
No entanto, não consegui passar assim tão despercebida quando Futsu entrou.
Correu loucamente pela sala adentro, farejando tudo o que se lhe metia à frente do nariz, lambendo dedos e recebendo festas e risos por todo o lado, no entanto, quando correu para o meu colo, todos os ruídos cessaram e os olhares pareceram fixar-se em mim, curiosos.
-Pois, se eu soubesse que os podia-mos trazer… -murmurou a miudinha parola para a rapariga das madeixas. Esta não esteve com meias conversas, revirou os olhos como quem dizia que não estava com paciência e afastou-se, pegando numa da várias revistas.
Sentei-me, encostada a uma das grandes malas que ali estavam e deixei Futsu sair dos meus braços, para voltar a andar à volta da sala.
Entretanto, as horas foram-se seguindo, infinitas, umas atrás das outras, até que a luz mais forte foi surgindo lá fora.
E foram entrando, até às dez da manhã, os restantes sete alunos.
Um rapaz de cabelo rapado e ar ligeiramente idiota, um outro horrível e um mais girinho.
Das raparigas, entrou outra normal, de cabelos pretos aos caracóis, uma nerd (como era inevitável que acontecesse), outra que parecia uma Cheerleader e a seguinte uma miúda daquelas parvinhas, que fuma uns charros nas festas porque acho que dá estilo e dorme com todos os rapazes da equipa de Basquetebol –Ou seja, uma pega.
O meu telemóvel apitou, dando-me sinal de que eram dez da manhã, e ouviram-se passos no corredor.
Não tardou muito a porta rangeu, e um homem velho, mirrado, entrou, sorridente.


___
Bjs,
Tina!

6 comentários:

  1. looool... Mas tu a agendares isso, podes colocar até uma semana antes, ou 5 minutos antes que fica na mesma...loool

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  2. lol, a sério?
    De qualquer forma, se não o tiver pronto antes da altura de publicar (supunha-mos que é ás cinco e eu só o tenho pronto ás cinco e meia)... Hum, bem, eu prefiro ter apenas o 3ª feira como data xD

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  3. Concordo com o Vitor escreves msm mt bem.
    Tbm adorei e continua a escrever!

    Bjs,
    Joana

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  4. Bem, estou ansiosa pelo próximo capítulo. Também concordo que esreves mesmo muito bem!
    Continua =)

    Beijinhos, Bia

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