Bem Vindo/a!


Bem Vindo/a!
Tenho três coisinhas para lhe dizer:
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*Comente os textos, por favor, quer seja com criticas positivas quer seja com criticas negativas.*
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;*

11/05/10

Capítulo 9 - Segunda Metade

Poisé... (Bah, odeio gente que escreve assim!)
OK, se por acaso não leram a Primeira metade, desçam para o post abaixo (mania de não ler avisos, é o que dá!)
Hope You Like! (it)



-Vamos? –perguntou, com um sorriso divertido.
-Distraí-me… -murmurei, com o olhar baixo. Era embaraçoso ter ficado ali a comer até à última da hora.
O meu ar embaraçado só o fez rir mais.
-Eu sei… Agora, porque será? –o meu rosto gelou, não permitindo a ele próprio corar… Será que ele me tinha visto olhar para ele fixamente? O que estaria a pensar? O seu olhar dizia que sim.
Olhei fixamente as minhas Havaianas, sem disposição para olhar para cima. Sentia-me prestes a desabar, de tão humilhada que estava. Parecia que todas as flores presentes me observavam, comentando e rindo-se de mim.
-Hey! –disse ele, contornando-me e parando à minha frente. Obrigou-me a erguer o rosto com um dos seus dedos –O que é que foi?
Só consegui corar ainda mais, quando pensei no quão perfeitos os seus lábios eram.
Ele sorriu-me, calorosamente.
-Também passei o jantar todo com o olhar fixo em ti… -murmurou. O seu corpo balançou-se ligeiramente para a frente, mas ele pareceu afastar a ideia do que ia fazer, e tirou o dedo doeu queixo, envergonhado. Parecia que tinham lançado ali uma bomba, e agora agíamos de forma desconfortável –num pequeno canto da minha mente, havia uma discussão sobre o quão acelerado estava o meu relacionamento.
-Hum… -desta vez fui eu quem quebrou o silêncio –Devíamos ir andando.
Ele acenou.
-Claro, devem estar à nossa espera.
A partir desse momento, conseguimos aliviar a tenção aos poucos, fazendo com que chegássemos à porta onde supostamente deveríamos ir dar aos encontrões um com o outro e a rir desalmadamente.
Abri a porta para me encontrar num enorme auditório.
Deveria ter capacidade para cerca de cento e vinte e uma pessoas sentadas –OK, eu admito, vi isso na tabuleta que se encontrava ao lado da porta -, mas apenas os lugares da frente estavam ocupado.
Richard sentava-se na borda do palco.
Percorremos o caminho até à frente a tentar conservar um ar sério, deitando olhares de esguelha um ao outro e soltando umas gargalhadas quando os nossos olhares se encontravam.
Quando estava suficientemente perto, ouvi Michael ranger os dentes, o que me fez rir com mais força.
No entanto, no momento em que tomámos o nosso lugar nas cadeiras brancas, calamo-nos, atentos.
Richar sorria quando começou a falar, de olhos postos em mim.
-Bem, meus meninos –depois de ter dito isto, riu-se e soltou um «Bah!», e corrigiu-se –Quero dizer: Bem, caros adolescentes, tenho um comunicado importante a fazer-vos! Primeiro, antes da minha explicação importante, à que referir algumas coisas:
»O primeiro ponto consta no facto de terem ao vosso dispor um Terraço, lá em cima, ao qual poderão ter acesso pelas escadas que se encontram na varanda ao fundo do corredor. As aulas só começam às dez da manhã, visto que não à necessidade de vos acordar mais cedo, e vocês não terão as aulas juntos, visto dividirem-se me grupos de dez. No entanto, os intervalos serão às mesmas horas. Têm um horário dentro da terceira gaveta de todos.
Mexi-me, acenando em conjunto com os outros em sinal de aprovação.
-Vocês têm autorização para sair da escola de carro ou de Táxi, mas obviamente não enquanto estiverem em tempo de aulas. E não se preocupem, elas não vão ser tão aborrecidas como esperam.
»No entanto, é expressamente proibido trazer familiares ou amigos cá a Casa, sem autorização prévia. Há segredos a defender, portas que vos vão ser abertas e aos quais os outros não poderão ter acesso… É horrível obrigar-vos a essa separação, mas é necessário, e por isso queremos que cada um se tente integrar e fazer amigos, se não mais do que isso.
Nesta altura, olhei para Bryan de soslaio –verificando, espantada, qe ele me olhava pelo canto do olho.
Levantou o braço, um pouco hesitante, mas acabou por passar-mo à volta da cintura, puxando-me para si.
Todos estávamos ansiosos e de pé atrás perante as afirmações de Richard.
-Acontece que… Bem… É sempre difícil explicar aos novos alunos, vocês nunca o aceitam... E eu próprio senti isso quando cá cheguei… No entanto, neste momento, vocês fazem parte daquilo que podemos considerar um… bem… mito urbano.
Mito Urbano? Aquilo era uma piada?
Ele respirou fundo.
-É difícil, mas vou dar o meu melhor, por isso, aqui vai:
»Quem nunca ouviu falar em Yurns?
Yurns? Y-U-R-N-S? O que é que aquilo significaria? É claro que sabia o que aquilo era! A minha mãe dizia-me isso quando eu era pequena e não queria comer a sopa.
Recordava-o bem: Yurns, os homens maus, que controlavam as sombras e o mundo das almas… Eles podiam roubar a minha! Bah! Eram tudo tretas!
Ninguém reagiu, por isso ele continuou.
»Bem, acreditem ou não, é para isso que cá estão. Há forças poderosas neste planeta, forças que passam os limites da vossa imaginação. É preciso controlo sobre tudo. E é para isso que servimos, e não para obrigar miúdos a fazer TPC. Servimos para dominar as almas, controlar os poderes da clarividência, mudar destinos e identificar causas de morte. Servimos, não mais não menos do que para ajudar o mundo a poder viver como vive.
Oh! Eu sabia! Eu sabia que não havia nada de bom com aquele velhote! Demasiado simpático e compreensivo! Era maluco!
-Isso é uma loucura! –acusou alguém, aos berros, do outro lado da sala. Não identifiquei quem, não queria saber –Por amor de Deus, isto e uma partida?
Richard não respondeu, mas falou para todos.
-Deixem-me mostrar-vos. Camille? Podes…?
Messe momento, entrou uma mulher no auditório –mais especificamente, no palco, por uma porta oculta atrás de uns panos.
Era uma mulher, mas não conseguia identificar bem os seus contornos. Só consegui perceber que avançava devagar e parecia concentrada nalgo.
-Agora, deixem as vossas mentes divagar.
Fiz-lhe a vontade, sem saber bem porquê.
Senti-me, de repente, assaltada por uma sensação de vertigem brutal e feroz. Sentia-me como me tinha sentido horas antes na outra sala –eu via interiores. Conseguia distinguir surpresa em todos eles, assim como um tom rosado em alguns, talvez de frustração –no entanto, não foi para ai que me virei.
Porque agora, é minha frente, no meio daquele mar de luz, estava uma criança –tinha um rosto pálido mas angelical, o cabelo era loiro em cachos e vestia um vestido florido, com um chapéu a condizer –e parecia triste, muito triste.
Chorava baixinho, com a pele a transmitir uma luz azul pálida, de tristeza.
Não consegui evitar aproximar-me. Tal como naquela tarde, sentia a necessidade de o fazer, sem uma ponta de surpresa ou choque –estava apenas conformada, resignada.
Mas a criança não. Estava triste, e não chamava por mim, mas queria ajuda, eu sabia disso.
Por isso, ignorei o resto da sala e comecei a aproximar-me, devagar, da menina carente.
Quando já estava próxima do palco, algo pareceu mudar drasticamente.
A rapariga olhou para mim, com esperança a toldar-lhe a visão, mas depois algo pareceu estalar e ela fugiu, amedrontada, através de uma parede.
Alguém agarrou o meu braço e eu saí do transe.
-O que é que te deu!? –ouvi Richard gritar, abanando-me.
-Ela volta –garantiu Camille, rapidamente.
-O problema não é isso! Ela tem de perceber! Se não se tivesse aproximado tu…
-Oh, mas não fui eu que a soltei! –disse Camille, surpreendida –Não ouviste o estalar? A ligação quebrou-se de outra forma –o seu olhar fixou-se me mim –Fizeste alguma coisa?
-N…Não –balbuciei, amedrontada –Eu… Abri os olhos e vi-a. Estava ali, uma rapariga pequena… E… bem, não sei, ela parecia precisar de ajuda, pelo menos era isso que eu sentia…
Richard fitou-me demoradamente, como que a assimilar alguma coisa.
-Sentis-te? Sentiste-a? E viste-a? –Não parecia zangado, apenas estupefacto.
-Sim –confirmei –Era loira, tinha os lábios cheios e a pele pálida. Vestia um vestido às flores.
-Espantoso –murmurou Richard, trocando um olhar com Camille. Depois soltou-me o braço, e encarou o resto dos rostos, fixos em mim. –Mais alguém sentiu esta… hum…
-Necessidade absoluta de a ajudar. –completei, descrevendo o sentimento na sua totalidade.
Só houveram respostas negativas.
-Muito bem! Parece que temos um caso único! Mas, de resto, todos viram e sentiram isto, certo?
Desta vez, as repostas foram mais relutantes, presas às memórias dos segundos passados, no entanto, todos acenaram com a cabeça.
-Ainda bem –o rosto dele abriu-se num enorme sorriso –Já podem ir!



____
Bjs,
Tina!

3 comentários:

  1. Adorei, Tina :)
    Escreves mesmo mt bem. Depois gostava de poder voltar a falar ctg no msn xD

    Que a escrita te corra bem :)

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  2. Mais uma vez adorei.
    Escreves lindamente!

    Bjs,
    Joana

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  3. Ansiosa pelo próximo, como sempre
    Adorei, continua, escreves mesmo bem!

    Beijinhos, Bia

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