Bem Vindo/a!


Bem Vindo/a!
Tenho três coisinhas para lhe dizer:
Primeiro: Este Blog pode ter conteudo impróprio para menores de 16 anos, por isso, se não tens esta idade avança por tua própria conta e risco, eu não me responsabilizo!
Ah, e também queria pedir um favorzinho:
*Comente os textos, por favor, quer seja com criticas positivas quer seja com criticas negativas.*
E por fim, uma informaçaõ (semi) publicitária:
Mais informações? Aqui!
;*

04/05/10

Informação

Bem... Pois, eu podia simplesmente alterar o post anterior, mas queria dar mais relevo a esta informação, de modo a que ficasse no devido lugar xD
A verdade é que tomei uma decisão em relação á Série, respectivamente a volumes e assim.
Então, Estará dividido em volumos, que ainda não sei quantos serão, e cada volume estara dividido por partes (chama-se a este fenómeno organização)
O Primeiro Volume, The Allison's Secret, é o que está a ser escrito agora, ainda só vou na primeira parte, The Book é o seu nome (e não direi porquê!!)
E como nome de referência (o nome de toda a série) ficará Good? or Evil? que me está a servir de Sub-Titulo ali em cima ;D
E pronto, acho que é só...
Ah, bem, que se lixe xD
Vou lançar aqui, só porque sou simpática, a 1ª Parte do 8º Capítulo! Ainda não sei se lançarei a 2ª Parte na Próxima Terça ou se lançarei esse e o 9º... Mas este era muito comprido para uma só postagem xD

Espero que Gostem!



Estaria doida? Não, isso não podia ser. Eu tinha-o visto, sentido, ele estava ali, e eu sabia disso… Mas mesmo não estando doida, estava assustado –isso sim, e muito.
Mas aquilo não deveria ser assim… Eu não sentira medo, choque ou surpresa quando fora assaltada pela súbita capacidade de ver luzes, interiores… Tinha sido natural, como se já fizesse parte de mim… Então porquê? Porque é que o sentia agora? Ou melhor, porque é que não sentira medo antes?
Tinha centenas de perguntas –algumas muito parecidas, admito –mas nenhuma resposta –e, acreditem ou não, isso muito, muito, mas um-u-u-ito irritante.
A sala estava agitada, ainda retendo na memória aqueles últimos episódios, e não me deixava pensar claramente ou reflectir no assunto. Também não tinha importância, não encontraria resposta na mesma.
Vi, pelo canto do olho, que Celine conversava agora com Mark, esquecendo completamente que eu ali estava. Já era previsível, afinal ela era super sociável, ia sempre arranjar gente com quem conversar.
Todos pareciam ter esquecido o “jogo” que tínhamos começado, mas já deviam saber os nomes da geralidade –pois todos eles, à excepção da esquisitinha e de mim própria, falavam com alguém.
Ouvi a porta ranger e virei-me instintivamente, assim como os restante dezanove pares de olhos, para Richard, que aparecia por ali.
O seu olhar revelava cansaço, atribuindo-lhe mais vinte anos do que os que parecia ter –e isso deixou-me contente por, finalmente, lhe poder atribuir a idade que tinha.
-Houveram uns… hum… problemas. –disse ele, depois a sua cara descontraiu, voltando ao seu estado original sem uma gota de cansaço –Mas não se preocupem, não anda nenhum Serial-Killer por aqui, por mais que alguns de vocês pudessem gostar da ideia.
Ouviram-se alguns risos e umas falsas exclamações de «Ohh!».
Ele soltou umas gargalhadas, antes de nos encarar novamente:
-Terei algumas informações importantes a dar-vos, mas, primeiro, temos de ir jantar. São oito e dez e está mais do que na hora de ir pôr a mesa… Bem, queria deixar-vos a conviver lá fora enquanto esperávamos pela hora certa, mas aparentemente também o fizeram aqui, por isso não haverá problema!
Depois saiu, com um pequeno aceno para que os seguíssemos.
Fomos conduzidos pelo mesmo corredor que percorrêramos à chegada, mas desta vez não paramos no átrio, dirigindo-nos sempre sem frente, pelas inúmeras voltinhas.
O vestíbulo não deveria ter mais do que um metro e meio de largura, comprimindo-nos numa massa de cabelos, roupa e pele, para não falar do suor –aparentemente, alguns rapazes (e uma rapariga) não usavam desodorizante.
Mas, finalmente, pude soltar a respiração, quando Richard abriu a pequena porta que existia no fundo do corredor.
-Ei-la! –proferiu, abrindo os braços teatralmente, ao sair para o ar quente do Verão.
Na realidade, os seus movimentos pareceram-me modestos quando contemplei a verdadeira beleza do sitio onde nos encontrávamos.
Era um jardim, que se estendia até a umas grandes árvores à minha frente, e perdia de vista para o meu lado direito, tapado por alguns arbustos.
Encontrávamo-nos num pequeno pátio pavimentado, cheio das mais belas flores, como rosas e jasmins, jarros e tulipas, tudo o que se podia imaginar.
O jardim estava maravilhosamente ornamentado e organizado, com as rosas a trepar por armações de metal forjado, as tulipas e saborear a brisa em pequenos canteiros de pedra escura da mesma tonalidade do chão e os jarros a misturarem-se com os arbustos aparados.
Cada simples pormenor parecia importante e contribuía para embelezar o espaço.
Seguindo pelo carreiro de pedras à minha frente, íamos dar a uma grande mesa de pedra, com o chão de ladrilho escuro à volta e posicionada no meio de um grande circulo de arbustos e flores. Mais para a frente um pequeno lago espelhava o céu nocturno.
O silêncio de espanto permitia-nos ouvir as cigarras a cantar e os sapos a chapinhar no lago.
-É claro que –começou Richard –Também temos uma piscina, mais para a direita, com cadeiras, bar e essas coisas todas que vocês usam para fazer festas.
Festas? Festas à seria? Eles deixavam-nos fazer isso? Quer dizer, daqui a um bocado também nos ofereciam quartos e pílulas, se era para darem tanta liberdade. Sempre imaginara aquele como um colégio onde não seria permitida muita coisa, devido ao seu estatuto, mas as afirmações do homem só pareciam contrariar-me. E a sua deixa seguinte não me deixou menos boquiaberta:
-Nunca foi nossa intenção tirar-vos a adolescência, este espaço é vosso, não à horas de recolher obrigatório a não ser que seja necessário, devido a condições excepcionais, não haverão centenas de castigos severos e deixar-vos-emos fazer aquilo que bem entenderem nas horas livres. Dar-vos-emos até mais liberdade do que os sítios de onde possam ter vindo, mas é claro que não podemos exagerar. Vocês podem beber, mas não em demasia, vocês podem sair da Casa, mas não podem trazer ninguém, vocês podem fazer festas, mas não podem fumar O QUE QUER QUE SEJA! -o tom em que fez a última afirmação pareceu extremamente grave, como se aquela fosse a regra principal. Não fumar. Certo. Também nunca tinha querido fazê-lo.
-Agora, quem pode acompanhar-me à cozinha para me ajudar a pôr a mesa? Por favor? Não vos vou obrigar, estou a pedir ajuda porque existem certas condições que nos obrigam a escolher muito bem o nosso pessoal, e neste momento estão todos concentrados no jantar.
Por mais curiosidade que tivesse em ver as cozinhas, deixei-me focar por ali, no meio do meu sonho. Queria poder sentar-me no jardim por uns minutos, sozinha, a absorvê-lo.
De qualquer forma, não houve falta de voluntários.
Caminhei devagar em direcção ao lago, ignorando a mesa de pedra coberta de linho suave. Só queria aquele sitio. Aquele bocadinho de calma.
Sentei-me, esticando as pernas ao meu lado, enquanto passava os dedos pela água calma.
Aquela água acalmava-me mais do que o meu banho quente. Aquele era o meu pequeno canto de Paraíso, o jardim mais belo que eu já tinha visto, como um conto de fadas, encantado e calmo. Só faltava o meu príncipe.
-Eu podia fazer de príncipe –murmurou uma voz, por cima de mim. Dei um salto, quase caindo ao lago.
Olhei para cima. Bryan olhavam-me, em pé.
Mas que raio…? Eu dissera aquilo em voz alta?
Ele viu o meu ar confuso, tomando-o por outra coisa.
-Estavas a entoar a melodia da branca de neve –esclareceu, com um sorriso, como se explicasse uma piada a uma criança.
Estava? Não me lembrava de o ter estado a fazer, mas bem podia ter sido verdade. A ideia fez-me corar.
Ele sentou-se ao meu lado, fitando o lago intensamente.
-Eu também sei isso decor… -murmurou, fazendo formas variadas na água –Fartava-me de ver a Branca de Neve e os Sete Anões com a minha irmã mais velha… Ela ficou muito triste quando lhe dissemos que vínhamos… E furiosa, completamente furiosa por não a aterem escolhido também… Enfim –suspirou – se calhar era velha demais…
Sorri-lhe, com uma naturalidade invulgar em mim e na minha dificuldade em meter conversa.
-Pois… A minha mãe estava histérica, nem uma ponta de dificuldade e ver-me partir… Mas acho que ela é mesmo assim, não posso censurá-la por gostar tanto… Parece que só os meus amigos tiveram dificuldade em ver-me partir.
Ele pareceu ponderar nas minhas palavras.
-Exactamente… No fim de contas, acho que só querem o melhor para nós, de uma forma muito invulgar…
Assenti.
-És a Allison, certo? –interrogou.
Acenei novamente, embaraçada com a memória de à pouco.
-Desculpa aquilo de há bocado… Mas pareceste-me alguém que tinha de se pôr mais à vontade.
Rangi os dentes.
-Acho que tinha ficado melhor se me limitasse a falar com as pessoas.
Ele riu-se.
-Mas tínhamos perdido uma boa oportunidade de rir!
Depois ignorei. Ignorei que não nos conhecêssemos, ignorei que era a primeira vez que lhe falava… Os gestos eram algo que já me parecia natural e parte daquilo, mesmo que fosse a primeira vez que falávamos… Sentia que, de certa forma, havia mais intimidade entre nós do que havia entre mim e outras pessoas que conhecia. Não era um gesto difícil, ou algo esquisito ou que precisasse de tanta reflexão, mas tinha de reconhecer que só o faria com alguém que conhecesse bem, ou que fosse meu amigo. E foi essa a razão que me fez pensar tanto nele.
Abri a mão em concha enfiei-a na água, e depois foi só fazer um pequeno movimento para que ele ficasse encharcado.
A ele também não pareceu mau, nem ficou constrangido. Era como se sentisse que, tal como eu, não parecia haver uma grande barreira a separar-nos agora
-Hey! –reclamou, só para a seguir imitar o meu gesto.
Ri-me e desviei-me da água, tentando, por minha vez, acertar-lhe. Não estava frio e as nossas roupas secavam facilmente.
Por fim, levantámo-nos, ao ouvirmos Richard falar e pedir que nos aproximássemos todos.
Bem, a mesa já está posta, por isso só falta sentarmo-nos e comer! –dizia ele, quando nos chegámos perto o suficiente para ouvir – Já é uma tradição abandonar o pátio e deixar os alunos a comer e conviver… Enfim, eu sei bem o quão ordinários estas jantares se podem tornar, e odiava ter de estar cá, porque se o fizesse vocês não estariam tão à vontade e seria muito mau da minha parte estragar-vos a diversão… No entanto, vocês já devem saber como sair daqui, mal se organizem todos, sigam pelo corredor e saiam pela terceira porta à esquerda, por favor! Estarei lá à vossa espera! Ah e, por favor, cheguem antes das onze. Em dias normais não vos daria uma hora certa, mas hoje temos muito que conversar!
Nesse momento, virou-nos costas e saiu pela porta, deixando-a aberta.
Da ombreira sai um cheiro delicioso.
Não demorou muito tempo para vermos sair os diversos empregado, transportando travessas metálicas carregadas de comida e pousando-as na mesa, para a qual corremos.
As cadeiras de pedra tinham assentes sobre elas diversas almofadas confortáveis, em tons de verde pastel.
No lugar onde me sentei, entre Celine e Bryan, tinha uma enorme e suculenta vista panorâmica para um gigantesco frango assado, coberto com molho translúcido.
Vi Celine torcer-lhe o nariz.
-Não comes? –perguntei-lhe, enquanto cortava um pedaço da ave colossal.
Ela emitiu um ruído semelhante a «Nããã…».
-Prefiro coisas mais leves e depois acrescentou, com os olhos colados ao lado oposto da mesa –Tipo aqueles panados de porco!
Saltou imediatamente para fora da cadeira, com o prato nas mãos, enquanto eu me servia com batatas cozidas e alguma salda.
Bryan, ao meu lado, comia alegremente, com uma enorme posta de peixe fresco à frente do nariz.
-Se em minha casa fosse assim todos os dias –conseguiu articular, entre garfadas.
Estava descontraído, completamente descontraído, naquela posição. Estava sentado ao meu lado, tão junto a mim que quando o seu braço se movia roçava o meu. O contacto dava-me arrepios, mas eram arrepios de prazer, que pareciam deixar aquela zona dormente e leve. Será que ele sentia o mesmo ao roçar o seu braço no meu? Recordei a cena do lago. Não tínhamos falado muito, mas parecíamos íntimos como amigos de longa data, amigos em quem podíamos confiar e com quem podíamos brincar de certa forma. Mas eu não estava certa de ser apenas aquilo que queria…
Abanei a cabeça. Aquilo era ridículo. Eu não o conhecia! No entanto… Bem, ele parecera preocupado comigo quando me agarrara o braço na pequena sala, ele tinha apontado para mim, em vez dos outros rostos da sala, ele tinha vindo ter comigo, desabafara comigo, falara comigo como se… como se…
Bem, na melhor das hipóteses, como se… Não encontrava propriamente uma razão lógica para aquilo, da mesma forma que não arranjava uma palavra… E agora, agora olhava-me com um certo brilho nos olhos, um brilho de… Interesse? Talvez, não o sabia dizer ao certo.
-Não comes? –perguntou, sorrindo.
Dei-me um safanão, atingindo Celine, que tinha voltado com o prato cheio de bifes panados e arroz de ervilhas.
-Estava só a… Pensar! –«a pensar no quanto gostaria de colar os meus lábios aos teus, neste preciso momento…» acrescentei, sem sentir necessidade de o referir em voz alta.
-Ok –respondeu, com um ligeiro encolher de ombros –Mas eu aconselhava-te a despachar, são dez e meia.
Dez e Meia? ,as afinal, quanto tempo tinham eles demorado a pôr a mesa? Quanto tempo demorara percorrer o corredor? Quanto tempo ficara eu ao pé do lago? E quanto tempo ficara a divagar?
Sorri e atirei-me ao prato. Não levaria muito tempo a terminá-lo.
Ele observava-me, não acompanhando o irmão quando este saiu, convidando Celine para ir com ele, nem nenhum dos outros que o convidava. Era como se estivesse preso aos movimentos que o meu garfo fazia.
Quando terminei, dez minutos depois, as últimas pessoas estavam a sair da mesa.




Pronto, o resto é na próxima semana!

___
Bjs,
Tina!

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