Bem Vindo/a!


Bem Vindo/a!
Tenho três coisinhas para lhe dizer:
Primeiro: Este Blog pode ter conteudo impróprio para menores de 16 anos, por isso, se não tens esta idade avança por tua própria conta e risco, eu não me responsabilizo!
Ah, e também queria pedir um favorzinho:
*Comente os textos, por favor, quer seja com criticas positivas quer seja com criticas negativas.*
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;*

04/05/10

Capítulo 7

A tempo e tudo xD
Peço desculpa, eu não tenho um dedo de imaginação para estas pequenas introduções xD
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Acordei, estremunhada, com o quarto em pandemónio.
Peguei, automaticamente, no telemóvel, acto continuo de todas as manhãs (embora não fosse de manhã…), quase como se esperasse ter uma mensagem sorridente de Teresa a mandar-me levantar por causa do teste de Geologia –neste momento, já não havia esperança de que ela o voltasse a fazer.
O monitor iluminado parecia tão animado como sempre, com o seu habitual tema do Windows, como se nada tivesse mudado –apeteceu-me atirá-lo para o chão. Mas em vez disso, olhei para o topo direito, onde brilhava alegremente a indicação de que eram quatro horas e quarenta e sete minutos… Então porque é que me tinham acordado?
Não teria de me dar ao trabalho de pensar nisso se tivesse olhado logo para trás, onde Alicia e Robert ajudavam as quatro raparigas, já acordadas, a pegar nas respectivas malas –sem muita discussão, parecia ser o seu objectivo (que obviamente não se cumpriu).
Levantei-me, preguiçosamente, quase pisando Futsu, que fugiu para debaixo da cama e fui buscar as minhas restantes duas malas, que pousei diante do armário.
Comecei a retirar as T-Shirts que trouxera, mas deixei-as cair ao chão com o espanto. Dentro do armário estavam já várias peças de roupa, ocupando metade dele, todas elas dos mesmo tons de rosa, roxo e preto –com algum azul-escuro ocasional. Teria de partilhar o armário com aquilo? Bem, pelo menos ambas tínhamos a certeza de que não confundiríamos roupa.
-Meninas! –chamou Alicia, ao lado da minha cama. Todos os olhares se desviaram para ela, em jeito de interrogação –Ainda ninguém perguntou pela casa de banho, então decidi tomar a iniciativa.
Os olhares interrogativos acentuaram-se mais ainda por toda a sala enquanto ela se dirigia à parede, aparentemente vazia.
Cerrou o punho e deu três pancadas na parede.
Nada aconteceu por uns segundos, deixando toda a gente a pensar se teria aquilo sido uma partida, quando, aos poucos a parede sólida pareceu começar a mover-se, lentamente.
Passado pouco tempo, cerca de três metros de parede tinham-se movido para uma posição horizontal, deixando duas entradas para uma gigantesca Casa de Banho.
-Tecnologia –esclareceu a pequena mulher, em resposta aos olhares espantados de toda a gente. Hum… Boas condições não me faltavam ali, mas agora é que o significado da frase «Os bens materiais não são o mais importante» ribombava, alto e bom som, na minha cabeça –Não que eu fosse do género de pessoa que achava isso extraordinariamente importante, mas sempre fora da opinião de que contribuíam ligeiramente para a felicidade do ser humano. Era mentira. Os longos corredor, os Átrios de mármore, os elevadores espaçosos, os quartos magníficos e as casas de banho inovadoras, dispensava-as: sempre fora muito feliz como era –normal, com uma qualidade financeira igual a de todas as pessoas comuns –mas essa felicidade parecera abandonar-me, agora que me via rodeada de todo o tipo de luxo.
«OK, vamos deixar os pensamentos filósofos de lado, preciso de um banho de espuma ve-e-e-erdadeiramente relaxante.»


O alarme do meu telemóvel apitou, poucos segundos depois de acabar de secar o cabelo –ficara horas no banho após, fortuitamente, descobrir um enorme conjunto de todo o tipo de cristais e espumas de banho –anunciando que faltavam dez minutos para as sete.
Por todo o lado ouviam-se uns ocasionais «Oh Meu Deus!» e «Ai Mãezinha!» enquanto as quatro raparigas corriam por todo o quarto, revolvendo malas à procura de brincos ou casacos dos quais não tinham vestígios, discutindo por causa de lip Glosses ou cosendo mangas que se tinham rasgado.
Também eu andara assim, mas fora à meia hora, quando decidira preparar-me para o jantar, e agora tinha o cabelo liso e penteado, umas calças de ganga preta justas, um top branco e um casaco encarnado, que condizia com um par de sandálias de salto alto que me haviam trazido do Brasil.
Peguei num espelho de bolso para colocar uns brincos redondos cor de cereja e acrescentar rímel às pestanas que, francamente, eram uma miséria.
Não era do tipo “super sociável”, então dispensei a parte de perguntar alto «Mais alguém está pronto?» como se nos conhece-se-mos há muito e saí para os elevadores.
Tal como Robert tinha feito antes, chamei o elevador, premindo o botão luminoso e entrei.
Tinha acabado de premir «13º» quando alguém entrou apressadamente no elevador.
Era o rapaz vulgar, que, quando me viu, olhou-me de alto abaixo e assobiou –assobio que reconheci imediatamente como sendo aquele que ouvira horas antes, quando chegara.
-Be-e-e-em… Sou o Michael –apresentou-se –e tu?
Não lhe respondi e premi o botão que faria as portas fecharem-se.
-Hum… Doeu muito?
Oh não! Piropos bimbos não! Tudo menos isso! Claro que já sabia a resposta «O quê?» deveria dizer eu, ao que ele responderia «Sabes, quando caís-te do céu, porque pareces um anjo…» ou algo do género.
Vendo-me ausente de resposta, ele desistiu daquele, mas voltou a tentar.
-Então… Achas que poderia sugerir Stella? Porque és linda como uma! –sorriu-me, mexendo as sobrancelhas sugestivamente.
O elevador parou e as portas abriram-se.
Apressei-me a sair, deixando-o pendurado à espera de resposta.
Dirigi-me à sala na qual estivéramos antes, onde já se encontravam todos os dez rapazes e nenhuma outra rapariga.
Suspirei quando os olhares caíram sobre mim e ouvi alguém comentar «Olha uma despachada..» e receber como resposta «Mas está bem arranjada..» e arrancaram daí para uma conversa ordinária, durante a qual gozavam um com o outro.
Olhei, pelo canto do olho, para a direcção de onde viera o som e vi o rapaz Asiático a falar com um qualquer do outro grupo.
A maçã de Adão era bem visível, os olhos finos e o cabelo chegava-lhe ao queixo.
Deixei-me ficar encostada a uma parede, à espera de alguma rapariga (e de preferência gira) que fizesse com que todos os rapazes descolassem os olhos de mim.
Cinco minutos depois, a rapariga das sandálias entrou, desta vez com um vestido simples, branco e dirigiu-se a mim.
Não falou, limitou-se a encostar-se ao meu lado, e de certa maneira, tinha a sensação de estarmos ambas a pensar no mesmo.
-Sou Celine, Celine Smith –disse, decididamente mas a sorrir, virando-se para mim.
-O...Olá - foi a única coisa que consegui articular, espantada.
Ela pareceu ligeiramente envergonhada.
-D…Desculpa –balbuciou, corando –As raparigas no meu dormitório… bem… ninguém por lá fala, e eu estou a morrer para poder falar com alguém…
-Oh, deixa estar –respondi, compreendendo-a –Eu vi as raparigas com quem tiveste de ficar –e depois baixei a cabeça, corada.
–Desculpa… -murmurei, ela riu-se.
-Oh, não faz mal, quer dizer, uma é uma rameira qualquer, outra uma parola com a qual, simplesmente, não consigo falar, a terceira é betinha demais e a que sobra não parece estar disposta a falar, fiquei num grupo mesmo mauzinho.
-Digamos que o que é mesmo “mauzinho” é termos de aqui estar… Longe de toda a gente que conhecemos… -depois acrescentei –Ah, e sou a Allison, Allison Jenkins.
-Prazer… É mesmo horrível, de repente, ver-me longe de toda a gente que conheço, realmente… Mas bem, vamos ter de suportar isto durante três anos…
-Pois… A não ser que nos matemos ou sejamos mortas…
-Não gosto da ideia de me matar, se talvez eu arranjasse alguém que o fizesse por mim… -e deitou-me um olhar prolongado, fingindo-se expectante.
Sorri-lhe.
-Desculpa, não quero manchar já a minha reputação com um assassínio brutal.
Pelo menos alguém simpático ali no meio, era o que a minha mente praticamente berrava, enquanto ela me retribui-a o sorriso.
Parecia o género de rapariga “super sociável”, que poderia manter uma conversa estável com alguém, sem parecer forçada como eu ou intrometida como certas pessoas que conhecia, era capaz de me fazer sorrir sem ter de se rir primeiro ou fazer alguma coisa com as respostas que lhe dava, o que tornava a minha tarefa bastante mais fácil.
A porta abriu-se, e o velho entrou, observando a sala.
-Hum… Iria jurar que eram dez raparigas… -murmurou, coçando o queixo, e depois sorriu, falando em voz alta –Bem , é por isso que marco sempre para as sete e não para as sete e meia, que era a hora a que vos queria cá…
Ouviram-se risos abafados e comentários, pela parte dos rapazes.
-Pois bem, também não podemos começar sem elas, por isso… O que é que podemos fazer na próxima meia hora…
Coçou o queixo, como se estivesse pensativo.
-Bem, nomes e caras, não sei os vossos nomes decor… Comecemos pelos rapazes. Deixa cá ver… Tu! E depois tu próprio indicarás quem deverá revelar o seu nome, é uma forma prática de decorarmos os nomes uns dos outros –depois sorriu –Todos precisamos de recordar a infância qualquer dia!
Depois deste comentário, o ambiente ficou mais descontraído e o rapaz com cara de gorila, para quem ele apontara, afirmou, prontamente.
-Gabe, Gabe Martin.
Perscrutou com atenção a multidão, e depois apontou para o rapaz de cabelo loiro.
Ele sorriu.
-Bryan, Bryan Russell.
Assentiu.
Bryan olhou para cada um, observando os rostos de todos. Depois fitou-me, e o seu sorriso alargou-se, como que em gozo.
-Tu –afirmou, apontando.
Boa! Perfeito! Excelente! É claro que ele tinha percebido que não queria que me escolhesse, que preferia ficar para o fim e que dispensava apontar para quem quer que fosse… E muito menos do que isso queria que fosse ele a escolher-me…
Corei até à raiz dos cabelos.
«Alisson, Alisson Jenkins» pensei. Só segundos mais tarde me apercebi de que não falara, e continuava corada e de olhos baixos, o que fazia com que por toda a sala ecoassem gargalhadas.
-Allison, Allison jenkins –balbuciei rapidamente, tropeçando nas palavras.
-Prazer –respondeu ele, com o sorriso aberto.
Olhei em volta, e não vi mais nenhuma saída que não fosse aquela.
Por isso, acenei timidamente com o queixo na direcção de Celine.
Ela sorriu-me, e respondeu-me: -Celine, Celine Smith.
Depois olhou para a sala toda, e apontou para o irmão de Bryan.
-Tu pareces-me bem –afirmou, olhando para cima como que a provocá-lo.
Bryan deu um ligeiro empurrão ao irmão.
-Hum…Mark, Mark Russell.
-Parece-me bem –aprovou ela.
Mark olhava em volta, para os rostos de cada um, quando alguém abriu a porta bruscamente.
-Rápido! É importante, fugiu lá em baixo e… -um homem de cabelos grisalhos acabara de entrar, e quando se apercebeu de nós, pareceu estacar, como se tivesse dito de mais –Erm… Olá pessoal… Já lhes disseste, Richard?
-Não –murmurou o velho.
-Oh…-tinha ar de quem metera a pata na poça –Estou a ver..
Depois começou a falar muito rápido, com ar preocupado –preocupação que tingiu também a cara de Richard (era bom poder dar-lhe, finalmente, um nome, em vez de ter de pensar nele como o inominável avozinho). Consegui distinguir apenas frases soltas como «Não sabemos como», «parecia ter um grade poder», «Ninguém o sentiu» e «Foi um golpe muito pensado»… Mas que raio? Parecia que fugira um assassino –ou pior.
-Hum… Meninos, fiquem aqui, por favor! Ninguém se mexe, ninguém sai daqui! Eu asseguro-vos que quem quer que seja que ponha um pé fora desta sala será severamente castigado! –tinha as narinas dilatas de raiva, o sobrolho carregado e o olhar irado –E acreditem, isto é para o vosso bem! Passem a mensagem aos vossos colegas!
Saiu da sala a passos largos, seguido por murmúrios de espanto.
Mas que…? Bem, não sabia o que é que podia estar naquela sitio que fosse assim tão mau… No entanto, tinha uma leve impressão de que era muito mau e que também havia por ali um segredo…
Os minutos passaram, prolongando cada segundo tortuosamente e deixando-nos ainda mais às escuras, sem novidades ou sequer um sinal de que o tempo estava a passar, exceptuando o facto de entrar uma pessoa de vez em quando.
Quando olhei para o relógio, espantei-me ao verificar que já eram sete e quarenta, e continuava a não haver noticia nenhuma.
-O que é que será que está acontecer!?! –quase gritava, em pânico, a parvinha, que vestia agora um grande vestido com sai do género balão (nojento) – Será assim tão grave??? Vamos todos morrer aqui, eu já sabia, devia ter ficado em casa e…
Nesse momento, alguém se aproximou dela e deu-lhe uma estalada, com tanta força que o ruído ecoou pela sala –deixando a outra zonza.
As conversas começaram rapidamente, reacções de gozo, gargalhadas e até incentivos de continuação.
Mas eu não ouvi, assim como não ouvi Celine segredar-me algo, assim como não vi quem dera a estalada… Eu não sentia nada, estava distraída com outra coisa…
-Ally…
Era quase como se alguém me murmurasse ao ouvido, chamando-me.
-Anda lá…
Continuava, insistente. Olhei à volta, mas não vi ninguém que pudesse dirigir-me aquelas palavras… Mas eu sentia-o!
Era como uma presença, uma luz… Ou como o contrário disso. Sentia a presença ali, como uma luz e o seu oposto, como um grande buraco negro, mas que mesmo assim emitia um brilho cegante –e não era o único: toda a gente à minha volta passara a emitir leves brilhos, cada um com a sua mistura de cores e sensações, com os seus próprios gostos e sentimentos.
Era de certa maneira magnifico, poder ver tudo aquilo, como se tivesse virado toda a gente ao contrário e pudesse ver o seu interior.
-Tens medo de mim? –perguntou, de novo, a presença mais brilhante.
Pensei bem antes de responder. A sua luz, os sentimentos, os gostos… Tudo era confuso e parecia velar-se-me e entregar-se-me ao mesmo tempo, como se visse mas não visse na realidade, como ler um livro mas não conseguir interpretá-lo.
Mas não parecia mau, conseguia ver através da voz masculina sentimentos de alegria e felicidade eterna, e como poderia um interior mentir? Tinha uma nova e estranha capacidade, mais ninguém a possuía, como podiam mentir se não sabiam como funcionava?
-N… Não –murmurei, em resposta.
-Então anda, estou mesmo atrás da porta!
Oh, afinal era uma pessoa, alguém que me conseguia atingir com a sua voz, era só dar uns passos e abrir a porta para ver o sedutor dono da voz.
« Quem quer que seja que ponha um pé fora desta sala será severamente castigado!» ressoou, como um balde de água fria, na minha memória, assustando-me e fazendo-me recuar.
Mas por outro lado… O que poderia ele fazer? Não estava ali à porta nem em mais lado nenhum, não podia dizer-me nada –e também ninguém me podia denunciar, porque a vida não lhe correria bem daí em diante se o fizesse.
Avancei para o manipulo da porta, os dedos a escassos centímetros da superfície metálica que me conduziria à verdade.
-Boa, vem Ally! Não sabes o quanto quero ver-te! –voltou a dizer a presença. Conseguia sentir a sua excitação debaixo da minha pele.
Agarrei o manipulo frio, rodei-o e senti algo forte agarrar-me o braço. Uma luz parecia estar preocupada, mesmo em cima de mim.
Sacudi o braço, para que me largasse, e empurrei a porta, desfrutando da brisa suave que vinha lá de fora.
Sentia a presença mesmo à minha frente, suave e sedutora, alegre e excitada. Estendi a mão para lhe tocar, disposta a sentir o calor da sua face, disposta a sentir o seu toque e…
Senti um puxão forte no braço, que me obrigou a recuar cambaleante e a sair do meu transe –a luz que sentira à pouco pareceu fugir e escapar-me por entre os dedos.
-Allison! Estás maluca? Não ouvis-te o que nos disseram? –Celine fechou fortemente a porta atrás de si –Por amor de Deus, até o Bryan te agarrou!
Olhei em volta –parecia que todas as pessoas se tinham virado do avesso de novo, ocultando-me as suas luzes e capacitando-me de ver os seus rostos, todos eles fixos em mim.
-Sim, porque é que saís-te? –interrogou Bryan.
Nem tive tempo de suspirar por ter falado comigo, pois a mesma pergunta explodia na minha cabeça: Porque é que eu fora?
No entanto, decidi-me a não lhes contar a verdade, algo me alertava para tal –e parte desse algo tinha haver com a minha amada “primeira impressão”.
-Eu… Eu estava a sentir-me zonza, precisava de apanhar ar –balbuciei, confusa.
-Então não voltes a fazê-lo, ainda te pões em perigo –sibilou Celine, claramente chateada com o facto de eu poder ser castigada –se não expulsa.
-Desculpem… -murmurei, compreendendo que também se preocupavam com o que lhes podia ter acontecido a eles.
Aos poucos, a sala voltou ao seu comum estado tumultuoso e agitado, mas ninguém voltou a dirigir-me palavra.




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Bjs,
Tina!

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